Ir ao Consulado Português em Copenhaga é fazer uma viagem no tempo. Não é uma viagem até ao início do período "Copenhaga," é uma viagem até aos anos 90, se ignorarmos a presença de computadores. Na verdade, até esses são típicos de um outro tempo, ainda que mais recente - o ínicio dos 2000.
A senhora que trabalha no Consulado tem um aspecto intemporal. Olhando para ela, uma pessoa não sabe se está perante uma personagem dos anos 50, 70, 90 ou outros. O único sinal de (...)
As minhas férias começaram há alguns momentos. Imediatamente fui tomada por uma estranheza inesperada: já passou quase um ano desde que cheguei à Dinamarca e tenho, em princípio, o meu primeiro ano de mestrado pronto. É muito estranho.
Não que nada tenha acontecido, pelo contrário. A verdade é que tudo parece ter acontecido muito depressa. Quase depressa demais. O momento das decisões aproxima-se demasiado depressa. E o meu medo do futuro também.
Ser criança é tão mais (...)
Há uma eternidade que não escrevo aqui. Já vai sendo tempo de fazer um pequeno resumo dos últimos tempos e acrescentar um ponto da situação.
Não é que não tenha acontecido nada ultimamente, pelo contrário, acho que o impulso blogueiro é que é muito temperamental. Aproveitemos então agora que ele parece estar acordado...
Bom, parece que desde novembro/dezembro que não ponho novidades aqui. Soa a fora de prazo se fizer algum relato agora. Mas posso fazer um pequeno resumo.
Na última semana falou-se muito sobre a Queda do Muro de Berlim. Na última semana eu li muito sobre o muro de Berlin. Na última segunda-feira comemoraram-se os 20 anos sobre a queda do muro.
Nos últimos tempos tem-se também falado sobre a questão dos minaretes na Suíça e do medo da "ocupação islâmica". Ironicamente, por um lado, festejamos a libertação e a união e, por outro, tentamos motivar a divisão. Por um lado assumimos os sinais do tempo e, por outro, (...)
Lembro-me de há uns meses atrás falar com alguém sobre a maneira como as pessoas dizem sempre "ah, eu não tenho tempo para isso". "Isso" seriam coisas como ir ao ginásio, fazer desporto ao ar livre, comer bem, sair com os amigos, ir ao cinema...
O meu interlocutor dizia que a falta de tempo era uma desculpa esfarrapada e que quem realmente quer fazer coisas arranja, de alguma maneira, tempo para elas. A minha posição não era tão intransigente mas ia numa (...)