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Hoje apetece-me ter um blog.

Hoje apetece-me ter um blog.

26 Dez, 2008

- És muito bonita.

- Obrigada. Mas não sou gira o suficiente para tornar bonito este penteado horrível.

Entre as prendas que recebi este Natal está um pijama com imagens da minha personagem de bd preferida, Mafalda, de Quino. A camisola desse pijama tem uma das vinhetas mais famosas dessa bd: Mafalda fala para o seu globo e diz "Promete-me que vais durar até que eu seja grande!...".

Eu também sou Mafalda, também tenho qualquer coisa de idealista e continuo a querer mudar o mundo, apesar de não ser "aguçada" como a personagem, ou como o humor de Quino, em geral. Por isso, também estou preocupada com o facto de o mundo não durar até eu "ser grande". É certo que, na teoria não falta muito para esse momento, mas também é certo o mundo está muito doente. Mesmo que o mundo dure até eu "ser grande", não me parece que vá ser um mundo saudável... Ora veja-se o cenário actual resumido:

- Afeganistão por resolver,

- Irão por resolver,

- Coreias porresolver,

- Àfrica muito indefinida - fome e guerra por tudo quanto é sítio,

- Caxemira por resolver,

- Porrada na América do Sul por causa da cocaína e coisas do género,

- Israel e Palestina por resolver,

- Balcãs ainda muito instáveis,

- Crise económica por todo o mundo dito "desenvolvido",

- Efeito de estufa,

- População a mais,

- E mais uma série de problemas...

 

É neste mundo que eu vou "ser grande". Será que ele vai durar muito mais?

Desta vez acho que a culpa não é dos morangos com açúcar...

 

22 Dez, 2008

2008

É inevitável, com o aproximar do fim do ano, a revisão de tudo aquilo que aconteceu durante este ano. Como sou uma pessoa egoísta, faço retrospectivas daquilo que "me aconteceu" este ano. E faço-o porque um novo ano traz, à partida, a mudança e a mudança é algo que, antes de desejar e usufruir, eu temo. Porque sou cobarde, por um lado, e porque sou responsável, por outro.

Porque 2009 se adivinha uma ano cheio de mudanças, temo-o mais que qualquer outro até hoje. Se em 2006 temia a entrada na Universidade, hoje temo a possibilidade de não fazer erasmus, temo a decisão sobre a continuidade ou não dos estudos ou a permanência ou não no estrangeiro, caso realmente rume a Weimar... E temo uma série de coisas que poderá eventualmente acontecer. (Não tanto como temo a morte ou a solidão, mas temo.)

 

O meu 2008 foi feito de:

   - Viagens. muitas:

                 * mini interrail que me levou à cidade onde eu podia passar o resto da minha vida: Roterdão;

                 * Barcelona;

                 * Veneza;

                 * Valencia;

"Viagens" significa "histórias para contar", "vivências estranhas", "vivências bonitas", "muitas personagens", "cultura",  "descoberta" e "crescimento". Na verdade, se pudesse, passava a minha vida a viajar

 

   - Aventuras mais ou menos estranhas:

                 * Barra-Tocha de bicicleta, com uma mochilinha às costas e bela companhia;

                 * Regressar de Paredes de Coura de boleia com alguém que passei a conhecer poucas horas antes da viagem começar:

                  * Paredes de Coura 2008, para cumprir a tradição e perceber que afinal há sempre algo de novo naquilo que julgamos tradicional;

                  * primeira visita a Braga e a Águeda (adoro por as duas no mesmo saco. lol)

                   * Sapo codebits e um primeiro contacto com o dia-a-dia na cidade e o mundo do trabalho

 

   - Cultura

                  * primeiro bailado - O Lago dos Cisnes;

                  * muito teatro em relação aos anos anteriores;

                  * escrever guiões para 600 pessoas avaliarem;

                  * World Press Photo;

                  * Corbusier, Bienal de Arquitectura de Veneza;

                  * The Cure, The National, Sigur Ros, Cocorosie, Sebastien Tellier, The Go! Team, dEUS, etc etc...

                  * Festival da Canção ao vivo

      

 

 

    - Uncategorized

                  * aprender que há mesmo muitos tipos de relação entre pessoas

                  * Se até tirar a carta é uma questão de sorte, então a vida é um jogo de sorte (que cliché!)

 

 

Hoje tive uma conversa com a minha irma sobre "o que é o natal". Tudo porque a unica preocupação dela, relativamente a este Natal é "vou receber poucas prendas".

Quando ela disse isto eu tentei explicar-lhe o que era o Natal e que significado deveria ela retirar do acto da troca de prendas (e não da sua quantidade). Ela respondeu "és a pessoa menos religiosa do mundo". Desisti. Não valia a pena estar a perder mais tempo.

 

Quando contei isto a um amigo meu ele arranjou a única justificação que me parece explicar isto: "é a geração Morangos com Açúcar". De facto, é isso. Esta geração está definitivamente perdida. Estas crianças estão a tornar-se pessoas vazias. À medida que esta geração vai tomando conta do Mundo, ele vai começar a perder o seu significado, porque as pessoas vão deixar de encontrar nele um significado para ele e para a existência em geral. A filosofia vai acabar e as pessoas vão transformar-se em máquinas.

 

Será que é possível inverter este processo? Será que ainda há esperança para este Mundo?



 

É engraçado rever este blog e ler os posts do início do semestre que reflectiam sobre o drama da falta de tempo por causa da abundância de actividades extra-curriculares. Agora, parece que tudo passou muito depressa e que consegui conjugar tudo lindamente para acumular uma série de sucessos. Na verdade, não houve drama nenhum. A carta foi feita rapidamente graças a uma bela dose de sorte, o alemão também correu bem e revelou-se uma língua interessante de se aprender e o curso cá vai, como normalmente, sem a dose exagerada de trabalho a que estava habituada. Ao ginásio tenho ido poucas vezes, mas sempre pelo menos uma vez por semana. Nem eu mesma acreditaria que era capaz de organizar tão bem as coisas.

 

E foi o post mais desinteressante de sempre.

Obrigada.

Volte sempre.

 Amanhã há Deolinda em coimbra, no TAGV. Eu era para ir, mas não vou.

Há umas semanas deveria ter havido Tiago Guillul em Aveiro.

E são dois concertos aos quais eu devia ter assistido mas não assisti. Começo a pensar que há forças superiores que não querem que eu vá a concertos. Não sei bem como interpretar esta mensagem do além...

 

Mas gostava muito de ir ao concerto esgotado de Deolinda e gostava muito que o senhor Guillul não tivesse adoecido...