Ir ao Consulado Português em Copenhaga é fazer uma viagem no tempo. Não é uma viagem até ao início do período "Copenhaga," é uma viagem até aos anos 90, se ignorarmos a presença de computadores. Na verdade, até esses são típicos de um outro tempo, ainda que mais recente - o ínicio dos 2000.
A senhora que trabalha no Consulado tem um aspecto intemporal. Olhando para ela, uma pessoa não sabe se está perante uma personagem dos anos 50, 70, 90 ou outros. O único sinal de (...)
As lutas de grupos femininos e feministas parecem ganhar rojecção mediática em ondas. A atenção que tem sido dada recentemente às Femen e às Pussy riot traz-me à cabeça comparações demasiado óbvias.
O Roskilde de toda a gente é um óptimo reflexo da hipocrisia Dinamarquesa. A Dinamarca, apesar de ter um maravilhoso sistema de segurança social e parecer um paraíso para pessoas como eu, que vêm de países menos desenvolvidos, também tem as suas incongruências. E uma boa parte delas é levada ao extremo em Roskilde. À primeira vista, a ideia de que a Dinamarca é um paraíso parece espelhada na forma como o festival está organizado. Há chuveiros de água quente, papel higiénico (...)
Ouço falar de Roskilde, o festival, desde que comecei a prestar atenção a coisas relacionadas com música e festivais. Antes ainda de começar a ir a festivais de Verão, ir a Roskilde já estava na minha "to-do list." A espera foi menos longa do que podia, na altura, imaginar. Este ano, fui a Roskilde pela primeira vez.
O meu entusiasmo por festivais de verão não é o mesmo de há uns anos atrás. Ainda assim, em Roskilde, voltei a sentir o entusiasmo e a excitação do primeiro (...)
Há cerca de uma ano atrás escrevia aqui sobre a minha primeira sauna e o seu valor socio-emocional. Cerca de um ano depois, volto ao país da sauna e volto, portanto, a fazer sauna. Volto a insistir em experimentar uma forma "tradicional" da coisa. Há um ano atrás, experimentei uma versão caseira e antiga. Desta vez, experimentei uma versão igualmente antiga, (...)
Quando cheguei a Copenhaga fui à missa. Desde então, o meu currículo de missas não aumentou muito. Acho que as missas têm um maravilhoso valor cultural que poucas outras manifestações partilham. Talvez por isso, ou talvez por obra do acaso, ou talvez por obra do espírito santo, como diz a minha mãe, na minha mais recente visita turística à cidade onde as pessoas olham para um relógio com nome de pessoa para ver as horas, tenha ido parar a uma espécie de missa/cântico da (...)
Hoje, por qualquer razão, lembrei-me de espreitar as estatísticas deste blog. Já o dei como "morto" várias vezes, e por várias vezes voltei a escrever. É certo que pouco depois o entusiasmo se dilui.
Esta visita de hoje ao google analytics obrigou-me a voltar a escrever aqui. Depois de reler alguns posts, fiquei cheia de pena que as estatísticas mais recentes sejam de 0 visitas. Também sei que não posso prometer voltar a postar em breve, mas fica o marco de que ainda me preocupe (...)
Às vezes, como sou uma boa emigrante, dá-me a saudade. A minha saudade normalmente funciona como desejos de grávida e não é motivada por acontecimentos específicos, é, só, uma coisa que me dá.
Hoje, no entanto, deu-me a saudade depois da leitura de um parágrafo no Ipsilon online.
Quando estudava em Aveiro, o Ipsilon era o meu companheiro das viagens de comboio entre Coimbra (...)
Ler sobre questões de género e video jogos leva sempre a discussões sobre género e brinquedos. Falar dos brinquedos da infância de todos põe-me, obviamente, a pensar naqueles que foram os meus brinquedos preferidos.
Os meus brinquedos preferidos antes dos 6 anos são surpreendentemente reveladores da pessoa que sou hoje. Antes dos 6 anos gostava especialmente de um telefone azul, branco e vermelho, com design antigo; de um boneco a que chamava "chorão", demasiado parecido com um (...)
Acho que tenho um fraquinho por países com problemas psicológicos.
Portugal, um dos, senão 'o', meu país preferido, funciona com base na corrupção e tem por canção nacional o Fado, a coisa mais melancólica que existe no planeta Terra. Além disso, Portugal vive ainda em constante depressão pós-glória (ou pós-colonialismo - em Portugal 'glória' e 'colonialismo' parecem sinónimos).
A Alemanha, país fascinante, luta há mais de 10 anos pela reunificação e integração da (...)